Era uma vez uma civilização. Nela, havia a arte. E a arte que nela havia abria vias até o céu. Céu pleno de Vida — Vida nova, verdadeira, Vida que desconhecia fim. Ali, existia o Amor autêntico, tão belo quanto se diz.
Infelizmente hoje, caros amigos, nada mais daquilo resta. Nada, senão as sombras das realidades que foram; ruínas e despojos de noções e virtudes que se pensavam eternas. Nada mais subsiste além do sonho, do desejo, da oração, da confiança em um milagre para a restauração universal. O milagre do Amor onipotente.

Agora, os homens crêem que tudo no mundo — quando não o mundo mesmo, vezes tantas — seja convenção, arbítrio, livre disposição. Não reconheceriam autoridade suprema sequer se postos face a face ao Criador. A terra, porém, conhece uma só Lei, e essa mesma terra os há de chamar pelo nome. Tal é a natureza das coisas: sopram as areias do tempo, mas, por mais que pareça enuviar-se, nenhum bem verdadeiro em verdade se perde: comunicam o Bem, que no eterno perdura.
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